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HISTÓRIA DO POLIVALENTE


 

 Escolas Polivalentes

 

 

As Escolas Polivalentes começaram a ser construídas no período da Ditadura Militar no Brasil, com a assinatura dos acordos com Estados Unidos e Universidades Brasileiras. Por meio desses convênios, os Estados Unidos da América disponibilizaram recursos financeiros à educação brasileira.

 

A criação dessas escolas fazia parte da reforma educacional já prevista pela Lei nº 5.692/71, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que reformulou os ensinos de 1º e 2º graus, tornando este último obrigatório e profissionalizante. Esta lei determinou que dos 7 aos 14 anos, o ensino passasse a ser obrigatório e gratuito, constituindo um ciclo comum de educação geral, de 8 anos de duração, que nas séries finais visava também a sondagem de aptidões e a iniciação para o trabalho.

 

As escolas ou ginásios polivalentes foram criados por meio do Premem (Programa de Expansão do Ensino Médio). Foram criados para serem centros de excelência e escolas-modelo, com o objetivo de preparar os jovens para a vida profissional. Além das disciplinas tradicionais, a escola oferecia também Práticas Agrícolas, Técnicas Comerciais, Artes Industriais e Educação para o Lar. Havia laboratórios de Ciências e Artes.

 

O alto custo de manutenção desta estrutura fez com que a proposta, embora inovadora, não durasse muito tempo, especialmente depois do fim dos convênios estrangeiros.

 

Em Minas, a Lei 5.760, de 14 de setembro de 1971 autorizou a criação dos primeiros oito ginásios polivalentes: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia, Montes Claros, Teófilo Otoni, Divinópolis e Patos de Minas. O governador de Minas Gerais era Rondon Pacheco e o presidente do Brasil, Emilio Garrastazu Médici.

 

 

 

Em Alfenas

 

Num texto da escola polivalente, afirma-se que quando a escola foi inaugurada era prefeito Hesse Luiz Pereira. Ele declara, pois seu mandato – o primeiro - terminou em 1971, tendo intermediado a aquisição do terreno da escola da família de José de Souza Magalhães e assinado o primeiro convênio. Quem inaugurou foi o prefeito Aristides Vieira de Sousa (já falecido). Quando Hesse assumiu seu segundo mandato iniciou a construção da parte esportiva do Polivalente.

 

            O polivalente de Alfenas foi inaugurado em 12 de junho de 1972. A escola completa em 2016, 44 anos e tem como nome Antônio Joaquim Vieira. A escola foi municipalizada em 1998. Atualmente oferece o segmento Anos finais do Ensino Fundamental e a EJA (Educação de Jovens e Adultos), contando com 111 funcionários e aproximadamente 1.200 alunos, em três turnos.

 

REVIVENDO ANTONIO JOAQUIM VIEIRA

Ilma Manso Vieira Mansur

         ANTONIO JOAQUIM VIEIRA nasceu na Fazenda do Campo Redondo, há 30km. de Alfenas, no dia 07 de dezembro de 1830 e faleceu em 12 de agosto de 1908. Filho do Alferes Domingos Vieira e Silva, de origem lusitana, que veio para o Brasil colonizar vasta região no Sul de Minas Gerais. Domingos muito colaborou na construção da cidade de Alfenas. Foi militante do partido Conservador, e liberou grande energia na construção de pontes, estradas e marcou sua passagem na vida como exemplo de civismo e cidadão. Trazia em suas veias a fidalguia e educação esmerada. Inteligência brilhante. O seu primeiro ato foi da alforria aos seus escravos e protegidos  por ele. 

           O filho de Domingos, Antonio Joaquim (meu bisavô), revelou-se na política como pacifista e harmonizava as divergências locais. Colocava o bem comum acima das cogitações pessoais  (hoje, uma utopia). 

         Casou-se com a nobre Rita de Cássia Monteiro de Barros MANSO da Costa Reis, descendente do Barão de Paraopeba, da cidade vizinha São Gonçalo do Sapucaí. O casal foi  agraciado com treze filhos que nasceram na Fazenda Campo Redondo (O Solar dos Vieira) e receberam como sobrenome, MANSO VIEIRA. Muitos netos e bisnetos também nasceram na mesma fazenda e carregam o mesmo sobrenome. Costume da época para não se perder da tradição nobre de uma fidalga que se conservava por séculos. O que era respeitado. Quando Antonio Joaquim foi dividir suas propriedades com os 0filhos através de sorteio, a Fazenda Mãe Campo Redondo, a mais cobiçada por todos, coube ao oitavo filho, Domingos Manso Vieira (meu avô). Lá ele se casou com Maria José Siqueira  e criou seus doze filhos. Seu primogênito, Braziel Manso Vieira casou-se com  Francisca Pereira e o casal teve cinco filhos: (Ildeu, Ida, Iná, Ilma e Isnard) que também nasceram e viveram na  Fazenda Campo Redondo até  a idade escolar. A história dos Vieira é longa e atravessou séculos.

      Antônio Joaquim possuía alma mística e voltado para a fé, liderou na construção da Matriz São José e Dores, que apesar de ter sido descaracterizada, principalmente na parte interna, resiste até hoje, altaneira e simbólica na Praça Getúlio Vargas de Alfenas. Ele foi Delegado da cidade de Divisa Nova e recusou receber o salário que tinha por direito, caso inédito.  Liderou partidos políticos em Alfenas. Foi Membro atuante da Câmara, nunca faltou uma sessão sequer, deixando a marca de suas realizações e inspirações. Em baixo de chuva ou sol,  lá ia Antônio Joaquim enfrentando lamas, galopando em seu cavalo, para atender os chamados para as sessões políticas. Numa certa ocasião, durante três dias ele fez viagem pelas estradas agrestes para cumprir o chamado para as reuniões da Câmara, e elas não realizaram.   Por  que? Os Membros  convocados  não compareciam. Só Antônio Joaquim cumpria o seu dever. Recebeu de D. Pedro II, assim como o seu pai, a patente de Alferes e sentia-se muito bem com a farda suntuosa, chapéu com penacho e escudo, e uma espada gravada a ouro. O chapéu do Alferes e a espingarda de caça, em perfeitos estados de conservação se encontram com a sua neta Magda 

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